terça-feira, 17 de abril de 2012

2012-Abril-17. Um dia para rever Santa Cruz … à força.

Pois, pessoal, estamos na Bolivia e porisso devemos estar preparados para surpresas. E a primeira delas ocorreu logo na chegada. Verdade seja dita, esperávamos uma viagem cansativa, com três pernas, FLN-SP-Campo Grande-Santa Cruz, e chegando a Santa Cruz depois da uma da madrugada. Mas isso estava nos planos, antecipadamente aceito, e até o pernoite no saguão do aeroporto também seria assimilado numa boa, tudo num prelúdio, um pequeno custo a ser colocado em cima de uns dias de férias. Mas eis que, ao nos livrarmos da Aduana, com as malas nas mãos, e ao adentrarmos ao salão do aeroporto, depois de encontrar um lugar para ficarmos até tomar o voo 100, da Aerosur, para La Paz, às 6h30, é que nos demos conta de que o tal voo não figurava nos painéis de partidas da manhã de 17/04/2012. Primeiro pensamento: não está atualizado. É madrugada, duas e meia da manhã, e está faltando uma correção qualquer. Tomamos café com quiches de espinafre e de queijo – aliás muito bons – e ficamos de olho no painel. Sempre a mesma coisa. Fomos até um guichê de informações das companhias aéreas, o GEMCO, e a moça disse que o voo não constava porque havia sido transferido para “la noche”. Putz! E agora? O balcão da Aerosur, às escuras. Soubemos que abriria somente às 5h00. Bom, o negócio é esperar. Apelamos para as nossas distrações portáteis: a Carmen sacou do seu bordado e eu peguei o livro que a Sissa me emprestou: Hunter Games. Quando vi, estava com o livro aberto sobre as pernas, a cabeça pendente sobre o mesmo e os olhos … fechados. A Carmen também não aguentou muito tempo. A solução era caminhar pelo aeroporto que tem o dobro do tamanho do de Florianópolis, ou seja, nada para se ver. Mas sempre se acha alguma coisa para fazer, por exemplo, ir ao banheiro. Depois de umas duas horas os zumbis foram até o balcão da Aerosur aguardar as funcionárias, que foram quase pontuais, pois chegaram com uns quinze minutos de atraso. Fomos os segundos a ser atendidos e o resultado foi de que, realmente, o voo fora transferido para as 19h30. Pô! Mas não é possível endossar a passagem para uma outra companhia? Havia duas outras ao lado, a BOA, e a TAM (não se enganem: é Transporte Aéreo Militar, uma empresa aérea) Ambas tinham voos para La Paz de manhã, mas nos disseram que estavam lotados e mesmo porque, não há endosso naquela hora da manhã. Perguntamos se a empresa não tinha um lugar para a gente descansar, dormir um pouco, pois havíamos passado a noite praticamente em claro. A funcionária com uma sonora cara de pau nos indicou o primeiro piso, onde havia cadeiras comuns de aeroporto. Disseram que passássemos pelas oito alí no balcão que receberíamos um voucher para tomar um café. Legal, né?
Claro que a Carmen enfureceu e disse pra mim que a empresa era uma “mierda” e que tinha vontade de dizer isso bem alto e bem ali na tampa.
Saímos os dois muitos p da cara andando pelas cinco e meia da manhã pelo saguão do aeroporto. Pensamos assim: não adianta nada emputecermos, vamos aproveitar o tempo da melhor forma possível. E mais, vamos tirar de letra, sair numa melhor. Aproveitar o fato para dar um colorido maior à nossa viagem. Ideia: vamos deixar as malas no aeroporto (tem um guarda-malas) e vamos para Santa Cruz, rever o mercado público que é uma festa de bugigangas e outras coisas e lugares que curtimos na vez passada. Vamos almoçar num bom restaurante e quem sabe saborear um gostoso sorvete nessa encalorada cidade. E assim decidimos. Estamos prontos para a aventura. Estamos imaginando como será a nossa noite em La Paz, depois de uma noite sem dormir e um dia passeando pelas ruas de Santa Cruz de La Sierra. Depois contamos.

2 comentários:

  1. Puxa vida, que "maratona"! Espero que tudo dê certo a partir de agora e que o "planejamento emergencial" tenha sido bem legal.
    Beijos e CURTAM MUITO!

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  2. Ei! A mãe disse que já teriam mais novidades de La Paz no blog. Poxa, só pra deixar a gente com vontade de mais notícias, ela nos enganou!!! Já passaram mal o bastante e agora dá pra passear?

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